quinta-feira, 10 de junho de 2010




"3 de janeiro de 2010.
São Paulo

hoje vi na televisão coisas que me despertaram aquele pensamento azedo do auto-questionamento.
Adoeci e (mas agora me sinto melhor), por isso, fico vendo televisão.
Passa e se festeja, nos canais, gente tão distante de mim qu`eu me ponho a pensar s`é esse mesmo, esse caminho da exposição, o meu caminho.ÂÂ
Sei não.
Sou meio torta.
Falo o que não devo.
Tenho medo da câmera.
Não minto.
Não finjo.
Não caibo.

Fico esperando qu`o mundo m`aceite.

que nem esperei na escola.
que nem esperei no primeiro show.
que nem esperei em todos os shows.
que nem esperei na televisão.

hoje vira e meche eu já não quero esperar.
tem dias qu`eu acordo forte e tento me sentir mulher.
e tem dias qu`eu nem quero acordar.
os dias só me tiram da cama por causa do meu amor.

acho, sinceramente, que vivo d`amar e d`amor, e qu`a música é fruto desse meu sentir.
por isso que me tanto machuca não caber.

quero levar ao mundo a beleza da sinceridade.
a beleza do torto,
do rouco,
do fraco.

mas e s`o mundo não quiser nem saber?"



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